"Uma loira boazona ia matar-se, atirando-se ao rio Sado com um peso à cintura, quando aparece um marinheiro: - Eh, pá, miúda, não faças isso! - 'Sim! Vou atirar-me! A minha vida é uma desgraça!' - 'Não faças isso! Olha, o meu navio está de partida para o Brasil. Porque é que não vens comigo e pensas melhor durante a travessia? Chegando lá, se ainda te quiseres matar, pelo menos ficaste a conhecer o Brasil.' A loira achou a proposta razoável e seguiu com ele para o porão do barco, onde viajaria clandestinamente. Durante duas semanas o marinheiro visitava a loira à noite, levava-lhe comida e água e dava-lhe uma queca. Todos os dias, comida, água e pimba. Um dia, o comandante fez uma inspecção ao porão do navio e descobriu a loira. Ela não teve outra alternativa senão contar-lhe a verdade: -'Sabe, Sr. Comandante, eu estou aqui a viajar para o Brasil, porque um marinheiro salvou-me da morte. Todas as noites ele traz comida e água e, como agradecimento, eu deixo-lhe